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É possível um mundo sem o populismo


Esta nova corrente populista que surgiu no mundo a partir da segunda década deste século tem-se alastrado pelo mundo, das maiores potências até a países cuja relevância é quase nula. Do Brexit ao fenómeno Trump, passando por países como as Filipinas ou Hungria, o discurso simples e de promessas baratas tem ganho milhões de seguidores à volta do globo e parece estar já as nossas portas, com as eleições deste ano na França, mas é possível evitar o alastramento de tal praga ?



Comecemos pelo inicio, o fundo da questão, o sistema nervoso de todo este problema, que é, quem são as pessoas que aderem a este fenómeno?. Maioritariamente são as classes mais baixas, as pessoas de menores rendimentos, as que têm os empregos em risco, que foram obrigadas a deixar de estudar para terem de começar a trabalhar. Estas pessoas são mais vulneráveis, desde logo por não terem um elevado nível de escolaridade, depois pelo medo de perderem o seu emprego para alguém que possa vir de fora e também pelo facto de virem de uma sociedade ainda com fortes raizes clericais, que tem uma forte influência nos media e rotula uma pessoa em função da religião ou da região de onde provêm.

Claro que existem xenófobos e fascistas por ideologia, por sofrerem de acefalia aguda que votam nestes partidos e que fazem parte destes movimentos, mas o grosso dos seus eleitores, são gente normal, gente que não vê os seus problemas serem resolvidos, a educação, o emprego, a segurança e acima de tudo, uma melhor qualidade de vida, são pessoas sem perspectivas e que tem medo de perder o pouco que têm.

A única salvação para evitar esta deriva é começar por mudar de políticas, olhar para o ser humano, para a comunidade e vê-lo como um todo, melhorar a educação, aumentar aos salários, apostar no desenvolvimento das zonas mais rurais e na pacificação das zonas urbanas e incutir na sociedade um espirito de tolerância e solidariedade com todos os povos. Para acabar com o populismo é preciso respostas concretas e elas tardam em aparecer, no entanto a maior resposta tem de vir de quem está consciente e por isso estou cá, para ajudar e contamos com a tua presença para que consigamos pôr termo a esta nova moda perigosa que testa a nossa resistência enquanto seres livres e pensantes. É preciso ir ao fundo da questão e não discutir se se fecham fronteiras ou não, acima de tudo é preciso espalhar uma mensagem de esperança e resiliência contra avanços xenófobos e racistas e garantir avanços sociais.



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