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A mostrar mensagens com a etiqueta Genialidades

Bia Ferreira - do ghetto para o mundo

Hoje deixo aqui no blog  uma  daquelas descobertas aleatórias do YouTube, daquelas que acontece quando se anda à procura de alguma coisa diferente e que geralmente nos põe a ver coisas estúpidas. No entanto, aqui foi uma genialidade que acabei por encontrar, daquelas muito raras que nos deixam de certa forma emocionados e que merece ser partilhada para todo mundo. Bia Ferreira é uma jovem cheia de talento, tanto talento que nos deixa com "pele de galinha" ao ouvir a sua voz, a sua instrumentalidade e a sua lírica tão poderosa. Parece juntar numa só pessoa, a potência vocal da Nina Simone, a poesia da Capicua, as notas da Luísa Sobral e a força de Cesária Évora. Nascida em Aracaju, Bia considera-se uma artista de ghetto que tem no activismo uma forma clara de fazer boa música abordando questões fundamentais como o racismo, a pobreza e o machismo, quebrando estigmas e barreiras de forma genial. BiaFerreiraOficial - Facebook "Desde que o tempo é tempo, no mundo se c

O Homem controlador do Universo - Diego Rivera

A genialidade que se sugere este fim-de-semana está relacionada com o nascimento de um movimento cultural e social no México, o Muralismo mexicano e um dos seus mais influentes autores, Diego Rivera. Nascido em Guanajato, México, em 1886, Diego morreu com quase 71 anos em 1957 na cidade do México. Foi um dos mais influentes fundadores do movimento, juntamente com José Orozco e David Siqueiros. Ficou mundialmente conhecido o seu relacionamento com Frida Kahlo, mas foram diversos os seus relacionamentos, mesmo com Frida o seu relacionamento foi conturbado, tendo se separado e junto várias vezes com a pintora. Mas falando do que realmente interessa, das obras, foram várias as obras míticas que o pintor nos deixou. Influenciadas pelos gostos políticos de Rivera, que era um marxista convicto que acolheu Trotsky após a sua expulsão da União Soviética, as suas obras dão grande ênfase à componente social que se reflecte nos seus morais, que procuram mostrar a desigualdade entre

As portas que Abril abriu - Ary dos Santos

Em vésperas de uma das mais importantes datas do calendário português, o 25 de Abril, quero deixar convosco uma genialidade de um verdadeiro génio, que em muito ajudou a que fosse possível a revolução dos cravos, fazendo da poesia uma verdadeira arma da resistência fascista, José Carlos Ary dos Santos. Autor de poemas icónicos do cenário nacional, Ary dos Santos, deixou um antes e um depois da sua passagem pela terra, poemas que se transformaram nas melhores músicas do século XX, como, "a desfolhada", "os putos" "Lisboa menina e moça" e tantas outras que ainda hoje passam nas rádios. Em plena ditadura, corria o ano de 1938, nasce Ary dos Santos. Cedo o seu bichinho pela escrita nasce e já na adolescência, então com 16 anos vê os seus poemas serem escolhidos para o prémio Garret. Ary começou a sua militância em 1969 no Partido Comunista Português, mesmo tendo descendência de famílias aristocratas sempre procurou lutar contra o tipo de sociedade em q

Galinhas do Mato - José Afonso

José Afonso dispensa apresentações. Mais conhecido por Zeca Afonso, foi um dos maiores ícones musicais do século XX da língua portuguesa, não só pelas suas letras mas também pela sua instrumentalidade. Zeca combinava a escrita para um povo com os seus ritmos, juntando o fado de Coimbra, as chulas do Minho, as batidas africanas e a lírica de um povo em sofrimento, formando uma simbiose única entre ritmo e rima. Zeca nasceu em 1929 e morreu em 1987, pouco mais de 57 anos de vida. Uma vida curta, como a maior parte dos génios, morreu cedo de mais, mas ao contrário desta maior parte não foi devido aos vícios mas sim a uma doença degenerativa que o deixou em agonia até ao momento da sua morte. Viveu a maior parte da sua infância em África, criando um gosto pelos ritmos e tradições africanas que mais tarde se iria notar na sua discografia. Foi um dos maiores impulsionadores da escola de Coimbra, veio para a cidade em 1949 para ingressar na Faculdade de Letras da Universidade de Coimb

Universo em desencanto - Tim Maia

Hoje falamos de Tim Maia, um génio brasileiro, que como todos os génios, tinha tanto de talento como de loucura. Nascido no Rio em 1942, Tim cedo mostrou aptidão e gosto pela musica, tendo sido um dos mais notáveis cantores de  «Soul»  da sua geração, não só no Brasil, como no resto do mundo.  Passados 20 anos da sua morte, ainda hoje um pouco por todo o lado as suas músicas são um sucesso, fazendo de Tim uma referência para todos os que gostam da boa música. O álbum que escolhi para relembrar a vida de Tim Maia, foi um álbum polémico, aliás, como toda a sua vida, O Tim Maia Racional. Nesta fase da sua vida, Tim que era dependente químico das drogas e do álcool além de denotar excesso de peso, descobriu uma religião, o universo em desencanto, e foi nesse exacto momento que mudou de vida. Deixou as drogas, o alcool, passou a vestir-se só de branco e acima de tudo virou um guia espiritual, doutrinando através do que melhor sabia fazer, a música. Fez este álbum dividido em duas