Hoje falamos de Tim Maia, um génio brasileiro, que como todos os génios, tinha tanto de talento como de loucura. Nascido no Rio em 1942, Tim cedo mostrou aptidão e gosto pela musica, tendo sido um dos mais notáveis cantores de «Soul» da sua geração, não só no Brasil, como no resto do mundo. Passados 20 anos da sua morte, ainda hoje um pouco por todo o lado as suas músicas são um sucesso, fazendo de Tim uma referência para todos os que gostam da boa música.
O álbum que escolhi para relembrar a vida de Tim Maia, foi um álbum polémico, aliás, como toda a sua vida, O Tim Maia Racional. Nesta fase da sua vida, Tim que era dependente químico das drogas e do álcool além de denotar excesso de peso, descobriu uma religião, o universo em desencanto, e foi nesse exacto momento que mudou de vida. Deixou as drogas, o alcool, passou a vestir-se só de branco e acima de tudo virou um guia espiritual, doutrinando através do que melhor sabia fazer, a música. Fez este álbum dividido em duas partes, a primeira saiu em 1974, saindo a segunda um ano depois. A nível musical é um deleite para os ouvidos, o instrumental, a voz e a simbiose entre os ritmos do samba, blues e bossa nova são visíveis, fazendo deste, embora dos menos conhecidos, um dos seus melhores álbuns.
Mais tarde veio a desiludir-se com a religião e voltou à vida que sempre teve, de excessos, sendo que coincidiu com o regresso dos tempos de maior popularidade, lançando sucesso como "Descobridor dos Sete Mares" e "Me Dê Motivo". Mas estes excesso vieram a ressentir-se na sua vida, e em 1998, faleceu, depois de um concerto, quando já estava em declínio psicológico mas acima de tudo físico.
Apesar da grande obra que nos deixou, partiu cedo de mais. Mas como todos aqueles que são geniais, se fosse para viver mais não teria feito um « Universo em desencanto».
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