Avançar para o conteúdo principal

O Novo Banco e os velhos vícios

Hoje foi o dia da venda do Novo Banco, ou melhor, o dia de oferta de um banco nacional a um grupo de privados que seguramente ficaram muito mais a ganhar que o povo português, que teve primeiramente de pagar para depois o acabar por dar.



Dizem-nos que não haverá encargos para o contribuinte comum, mas será que já não houve os suficientes, ou ainda seria legítimo cobrar-nos mais pelas «brincadeiras» dos banqueiros ?

O histórico de Portugal, é de resgatar, ou melhor, pôr o povo a pagar os «roubos» de certas pessoas, porque tantos milhões quando desparecem não é só por má gestão ou pela conjuntura externa, mas será esta a melhor solução? pôr um povo que mal se consegue alimentar a alimentar os vícios dos banqueiros?

Claro que um banco não se pode deixar falir, milhares de pessoas ficariam sem os rendimentos de uma vida sem nada terem feito por isso, aliás, a maior parte até foi induzida em erro para subscrever o «lixo» do papel comercial, mas não poderão ser sempre os mesmos a pagar, terão de ser tomadas medidas,  não deixar passar este clima de impunidade para com quem mais rouba, começar a perceber o fundo do problema, não compactuar com este roubo e punir os resposáveis de forma exemplar.

O mínimo a fazer, seria deixar o banco nacionalizado para que no futuro se não voltasse a repetir este tipo de resgates «manhosos» em quem paga são sempre os mesmos, o povo, e quem mais rouba, o mais rico. O que deixa antevêr, é que os bancos serão novos mas os vícios continuarão a ser velhos, e que Portugal continuará a ser Portugal e que no fundo, o que compensa é roubar à grande.

Antes criar um banco que roubar um banco quando se quer «gamar» à grande, só na pena é que é menor, aliás pagas uns milhões e ficas livre.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O Homem controlador do Universo - Diego Rivera

A genialidade que se sugere este fim-de-semana está relacionada com o nascimento de um movimento cultural e social no México, o Muralismo mexicano e um dos seus mais influentes autores, Diego Rivera. Nascido em Guanajato, México, em 1886, Diego morreu com quase 71 anos em 1957 na cidade do México. Foi um dos mais influentes fundadores do movimento, juntamente com José Orozco e David Siqueiros. Ficou mundialmente conhecido o seu relacionamento com Frida Kahlo, mas foram diversos os seus relacionamentos, mesmo com Frida o seu relacionamento foi conturbado, tendo se separado e junto várias vezes com a pintora. Mas falando do que realmente interessa, das obras, foram várias as obras míticas que o pintor nos deixou. Influenciadas pelos gostos políticos de Rivera, que era um marxista convicto que acolheu Trotsky após a sua expulsão da União Soviética, as suas obras dão grande ênfase à componente social que se reflecte nos seus morais, que procuram mostrar a desigualdade entre

A eucaliptização do futebol português

As raízes aprofundaram, invadiram a terra alheia e estão prestes a secar a fonte, a competitividade desportiva que, há muito deixou de ser importante neste "lindo" eucaliptal.

As portas que Abril abriu - Ary dos Santos

Em vésperas de uma das mais importantes datas do calendário português, o 25 de Abril, quero deixar convosco uma genialidade de um verdadeiro génio, que em muito ajudou a que fosse possível a revolução dos cravos, fazendo da poesia uma verdadeira arma da resistência fascista, José Carlos Ary dos Santos. Autor de poemas icónicos do cenário nacional, Ary dos Santos, deixou um antes e um depois da sua passagem pela terra, poemas que se transformaram nas melhores músicas do século XX, como, "a desfolhada", "os putos" "Lisboa menina e moça" e tantas outras que ainda hoje passam nas rádios. Em plena ditadura, corria o ano de 1938, nasce Ary dos Santos. Cedo o seu bichinho pela escrita nasce e já na adolescência, então com 16 anos vê os seus poemas serem escolhidos para o prémio Garret. Ary começou a sua militância em 1969 no Partido Comunista Português, mesmo tendo descendência de famílias aristocratas sempre procurou lutar contra o tipo de sociedade em q