Avançar para o conteúdo principal

Os Anjos


A terra dos meus avós ficava para cá dos montes

Mas para lá das estradas
Era uma terra antiga, com senhores feudais
Uma terra espezinhada e abandonada
Pelos serviços centrais
Sendo perto do céu ficava afastada das demais
Nem de avião, nem de carro nem a dar aos pedais
Se chegava a tal terra encantada.

A terra dos meus pais ficava ainda em zona isolada
Longe de tudo e perto de nada
As pessoas saíam mas sempre regressavam
Mesmo tendo ainda pouca estrada
Porque o que tinham encontrado
As tinham moldado
A voltar à tal terra que tinham deixado
Fosse qual fosse a caminhada.

A minha terra, é a dos meus pais e avós,
Fica aos pés de uma Cabreira
E encaminha o Ave de forma feroz
É uma terra de simbioses
Dos garranos com a ladeira
Do vira com voz
Pertence ao concelho de Vieira e dá
Dá juz ao seu nome
Anjos, onde toda a gente é o seu nobre.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O Homem controlador do Universo - Diego Rivera

A genialidade que se sugere este fim-de-semana está relacionada com o nascimento de um movimento cultural e social no México, o Muralismo mexicano e um dos seus mais influentes autores, Diego Rivera. Nascido em Guanajato, México, em 1886, Diego morreu com quase 71 anos em 1957 na cidade do México. Foi um dos mais influentes fundadores do movimento, juntamente com José Orozco e David Siqueiros. Ficou mundialmente conhecido o seu relacionamento com Frida Kahlo, mas foram diversos os seus relacionamentos, mesmo com Frida o seu relacionamento foi conturbado, tendo se separado e junto várias vezes com a pintora. Mas falando do que realmente interessa, das obras, foram várias as obras míticas que o pintor nos deixou. Influenciadas pelos gostos políticos de Rivera, que era um marxista convicto que acolheu Trotsky após a sua expulsão da União Soviética, as suas obras dão grande ênfase à componente social que se reflecte nos seus morais, que procuram mostrar a desigualdade entre

A eucaliptização do futebol português

As raízes aprofundaram, invadiram a terra alheia e estão prestes a secar a fonte, a competitividade desportiva que, há muito deixou de ser importante neste "lindo" eucaliptal.

Uma questão Palestina

Deixo uma pequena reflexão para ver se percebemos o que se passa com a Palestina/Israel. Imaginemos que acontecia em Portugal o seguinte. Que ao fim de quase  900 anos de identidade como nação portuguesa, chegassem aqui um grupo de muçulmanos e reivindicassem o califado que já lhes pertenceu, ocupando e expandindo território outrora português.