Deixo uma pequena reflexão para ver se percebemos o que se passa com a Palestina/Israel.
Imaginemos que acontecia em Portugal o seguinte. Que ao fim de quase 900 anos de identidade como nação portuguesa, chegassem aqui um grupo de muçulmanos e reivindicassem o califado que já lhes pertenceu, ocupando e expandindo território outrora português.
Em 1947, no rescaldo da segunda guerra mundial o povo judeu que muito sofreu com ela, ocupou um território denominado de Palestina, um estado povoado por árabes desde o tempo dos cruzados e que tinha identidade própria para criar o estado de Israel, um estado sionista que mais parece nazista, que foi ostracizando e expulsando os muçulmanos dos seus territórios, acabando aos poucos com uma identidade quase milenar. De 1947 até aos dias de hoje o território da Palestina têm vindo a diminuir e em contra senso, o de Israel a aumentar.
No primeiro caso iríamos cerrar fileiras, juntar uma resistência portuguesa, combater e expulsar os muçulmanos, com o apoio das grandes potências mundiais, os terroristas seriam aniquilados e Portugal continuaria a existir como uma bela nação de influência cristã. Isto porque a razão estaria do nosso lado.
Mas no segundo caso não está também ? Ou será que só há razão quando se passa connosco ?
Ao contrário de Portugal, a Palestina não têm um exército equipado e preparado. Ao contrário de Portugal, a Palestina nunca foi uma potência exploradora, senão explorada. Ao contrário de Portugal, a Palestina não tem as grandes potências do seu lado. E sobretudo, ao contrário de Portugal,que está à beira mar plantado, a Palestina está numa zona que mais parece um tabuleiro de xadrez político.
A razão depois de analisada acho que nem merece discussão, mas será que interessa ? Ou mais vale continuar a ser hipócrita?
O povo palestiniano continua a ser visto como o «mau da fita» e a culpa é exclusivamente nossa, que continuamos a comer tudo o que passa na TV. Ainda hoje morreram mais de 60 palestinianos a defender o seu território, tudo isto porque o Trump apoia, ainda mais que os seus antecessores a anexação do território por parte de Israel, mudando a embaixada americana para a cidade de Jerusalém. E outra coisa, acham que a vitória da Popota na Eurovisão foi ao acaso? Estranho ser dois dias antes dos acontecimentos de hoje.
Já passaram 60 anos desde a ocupação e expansão israelita, e não parece estar para parar. Mas também acho que nem que dure 6000 anos. Cada vez mais "palestinianos" à volta do mundo hão de surgir e voltar a dar à Palestina as terras que lhes pertencem, nem que seja à pedrada.
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